
Podemos dizer que o processo de exarcebação de uma psicopatologia, de um influxo doentio ou de entidades similares passa por uma quebra num estado de latência, da saída de um zona de conforto.
Definimos zona de conforto como sendo uma postura comportamental na qual a psiquè humana não entrou ainda no ciclo patológico, na crise patológica propriamente dita, sendo um período no qual as susceptibilidades individuais e as influências externas mantêm constantes relações, propiciando uma estruturação da resposta deste indivíduo ao conjunto de fatores que encaminharam o desenvolvimento psíquico dele para uma ciclização patológica.
Como já dissemos na postagem anterior, as patologias da psiquè não são entidades delimitáveis ou equacionáveis como a maioria das organopatologias, tendo em mente que tais entidades psiquícas estão estreitamente relacionadas com a consciência do indivíduo que as possui. Chamamos de gatilho um acontecimento ou fato similar que possa estimular a consciência humana a sair da zona de conforto e dar início ao ciclo patológico. Este processo de saída de um estado confortável a um estado de emergência é algo decerto muito difícil de se entender, havendo muitos processos relacionados ao caminho que tal estímulo proporciona na consciência humana.
No entanto, podemos dizer que a mente humana se perde dentro de seu próprio labirinto, como se o ambiente anterior ao fato gatilho, ambiente este cheio de fatores predisponentes e de interações "alteradas", criasse uma seara propícia para que o fato gatilho interagisse com todo o conteúdo psicológico de modo danoso, revolvendo no passado medos antigos, acordando fantasmas internos que a zona de conforto dava a entender que estavam mais que enterrados.
Poderíamos dizer que a consciência pré-ciclização patológica vive num estado de equilíbrio delicado, sendo o gatilho o estímulo para que este equilíbrio seja rompido
de forma devastadora ou não, a depender da tessitura da psiquè do indivíduo em questão e dos "caminhos" que foram traçados no âmago do eu-psíquico deste ser.
2 comentários:
Mas entao deivide, o q se deve fazer pra se manter o equilibrio e nossa tessitura emocional fortalecida para sustentar a possível devastação trazida pelo gatilho? Existe algum tipo de controle preventivo como nas organopatologias ou realmente somos vítimas da aleatoriedade concernente ao gatilho?
como sempre muito interessante e indagativo!!
bjuss migo
Eu tenho mesmo que entender tudo na primeira leitura?
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