
Este é um dos temas mais controversos de todos os até aqui abordados por este que vos budeja. Há de se ressaltar o quanto tais conceitos que aqui são expressos são devaneios e pensamentos deste ser que vos fala, não devendo ser tomados por conceitos firmados e coisas do gênero, tendo em vista que são apenas pequenas opiniões sobre entes psíquicos do comportar humano. Sob este aspecto, podemos começar nosso debate sobre o que é o patológico.
Por muitos séculos na história da humanidade as doenças mentais e afecções similares foram tratadas como coisas diferentes das doenças comuns, aliás, nem doenças elas eram consideradas. A noção supersticiosa de que tais acometimentos eram coisas oriundas de entidades espirituais e coisas do gênero é algo que entrou em desuso há muito tempo, apesar de encontrarmos ainda muitas pessoas com este tipo de visão a respeito das psicopatologias. Bem, falar sobre isso não é algo nada fácil, tendo em vista que, mesmo no meio acadêmico, as opiniões religiosas e místicas sobre a etiologia deste tipo de entidade psíquica ainda são muito prevalentes, fazendo com que tais entidades ainda sejam tratadas como algo inatingível e com um ar de mistério muito danoso para o melhor entendimento de tais patologias.
Podemos dizer que o desenvolvimento patológico se processa por uma via de adaptação do organismo ao danoso, mediada pelas possibilidades que este organismo tem de responder a tal dano, que é, de certa maneira, determinada pelas (in)possibilidades que ele já possui e pelas (in)possibilidades que o meio onde ele vive faz com que ele desenvolva. Tal preceito é bem aplicável às patologias ditas orgânicas, como diabetes, hipertensão etc, mas ainda não é de todo aceito no âmbito das doenças psíquicas, o que, ao meu ver, é um grande erro. Podemos dizer que um determinado indivíduo desenvolve uma psicopatologia da mesma forma que ele desenvolve uma organopatologia, o mecanismo criador de tal entidade segue uma constância de interação entre fatores internos, fatores externos, respostas orgânicas ou psicológicas geradas por estímulos e consequências de tais respostas mediadas pelas possibilidades do organismo. Com tal abordagem, tiramos do doente mental a culpa por sua doença, algo que ainda é muito estigmatizante para quem possui uma psicopatologia.
Sabemos que a exposição a fatores de risco é algo que pode ser atenuado ou até mesmo evitado; no entanto, não é lícito que o doente seja culpado por desenvolver uma doença, qualquer que seja ela, tendo em vista que fatores não controlavéis por ele têm papel determinante na gênese da alteração.
Um comentário:
to doida já pra chegar a hora da descriçao das patologias
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