
Boas noites divanos e divanas que perdem seu tempo com este blog! A esta hora em que o mundo brasileira está quase desfalecendo diante do Fantástico, vamos começar um interessante debate. Já falamos sobre o pensamento e suas características básicas, sobre o normal; agora vamos tecer sobre o diferente.
O diferente é aquilo que não é o padrão, é aquilo que foge do normal. De primeiro lida, podemos até confundir tal definição com o patológico, a fim de destruir tais dúvidas e confusões, vamos fazer um pequeno exemplo:
Imaginemos uma menina de 10 que vive na casa de seus pais no Brasil. Ela resolve namorar com outra menina da mesma idade. Seus pais são ultra-religiosos e desaprovam o relacionamento.
De tal exemplo podemos tirar as seguintes noções primordiais:
1. é normal meninas morarem com seus pais;
2. não é normal meninas tão jovens namorarem no Brasil;
3. não é normal meninas namorarem com meninas no Brasil;
4. é normal pais religiosos serem contra namoros homossexuais.
Perceba que a noção de normal que estou me referindo é a de média geral! Muitas vezes as pessoas,"asnamente", extrapolam a noção de normalidade e a confundem com o conceito de certo e errado, que é algo bem diferente, conforme debateremos algum dia nestes saraus filosóficos e psiquícos que travamos, leitores.
Podemos dizer que o diferente está num determinado intervalo de normalidade, sendo, pois, o padrão comportamental da maioria uma interessante ponderação dos extremos comportamentais. Esta definição é algo decerto muito metódico e meio positivista; no entanto, ilustra bem a idéia que quero lhes passar! O diferente é uma combinação de comportamentos que margeiam o nível médio comportamento-padrão. Diante disso, podemos notar que tal definição depende de onde estamos, em que cultura estamos inseridos assim como em que grupo social estamos inseridos. Tais aspectos fazem-nos ligar imediatamente a definição do diferente ao ideário do grupo humano, assim, as diferenças apenas existem quando se comparam a alguma coisa, a algum grupo ou indivíduo símbolo do grupo. O diferente não é um ente de existência própria, pois só se pode ser diferente daquilo que não se é parecido, o que, necessariamente, requer um ente de comparação. Como dissemos no começo, muitas vezes os grupos humanos se apoderam erroneamente do conceito de normalidade e a misturam com a noção de correto, de exatidão humana, algo que decerto fere a liberdade de expressão dos indivíduos humanos, tendo em vista que são as diferenças que fazem com que sejamos únicos e, ambiguamente, parecidos, tendo em vista que nossa prima semelhança é que todos somos diferentes.
A conversa está boa, mas devemos nos retirar agora! Depoismente debateremos um pouco mais sobre o ser humano e seus arquétipos de conduta e de pensamento.
Um comentário:
sempre achei que o belo está na diferença. sou aquariana né? tudo igual não tem graça. a diferença é o que chama a atenção nas pessoas nos fazer achá-las especiais. viva o diferente!
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